terça-feira, 27 de maio de 2014

Os mecanismos de condicionamento psicológico dentro  das  comunidades neocatecumenais




A organização chamada de "Caminho Neocatecumenal" suscita há muitos anos, dentro da mesma Igreja Católica, muitas dúvidas, perplexidades e, no entanto, opiniões divergentes: alguns, sejam leigos ou clérigos, vêem-la como uma bênção do Espírito, outros, com igual autoridade, consideram-na um perigo na doutrina e na metodologia, e a comparam a uma seita, chegando a chamá-la de "uma igreja dentro da Igreja".

Os Neocatecumenais se defendem de tais acusações afirmando que a sua intenção é de retornar a um modo de ser da Igreja, como o que caracterizou as primeiras comunidades cristãs e, sentindo-se perseguidos, argumentam que isso acontece porque quem segue este caminho será capaz de fazer escolhas muito radicais e, portanto, estará sujeito a perseguições como todos aqueles que seguem com seriedade a Jesus na sua vida diária.

Porque estive dentro de uma comunidade neocatecumenal durante anos, me atrevo a escrever estas reflexões com o desejo de oferecer uma pequena contribuição para a compreensão da personalidade psicológica que se determina naqueles que aderem o “Caminho”; O que me motivou a isso foi também a leitura do livro do psiquiatra americano Jerry Bergman intitulado "Testemunhas de Jeová e a Saúde Mental" (1996), tendo encontrado fortes semelhanças entre o "Caminho Neocatecumenal" e as "Testemunhas de Jeová".

Julgo oportuno, antes de expor meus pensamentos, esclarecer o significado do termo "seita": para alguns, parece vir do latim " secta", particípio passado do verbo "sequor ", que significa seguir; a seita, porém, seria um grupo que segue uma pessoa em particular e as doutrinas que ela ensina.

Outros argumentam que provém do latim “sectus”, que quer dizer “cortado”: a seita seria, portanto, um grupo que se separou de uma agregação maior.

Seja qual for a etimologia correta, hoje o termo seita assumiu um significado muito negativo, especialmente de fechamento mental e participativo com o exterior, com aqueles que não pertencem a ela e não compartilham as ações e ideias.

O espaço limitado à minha disposição me impede de tratar em profundidade, pelo menos por enquanto, a tipologia do sectário e, portanto, também de envidenciar se o neocatecúmeno entra nesta figura, mas espero que a minha exposição possa oferecer alguns pontos válidos de reflexão.

O problema do condicionamento psicológico dentro das seitas é objeto de debate entre os estudiosos; de acordo com Frank (1974 ), os processos mentais que levam uma pessoa a entrar em uma seita são semelhantes aos utilizados na psicoterapia, onde se determina uma relação reconfortante entre psicoterapeuta e paciente: na organização sectária, o adepto se sente melhor e aborda questões da vida com mais serenidade e segurança, juntamente com os outros (irmãos da comunidade, catequistas), que muitas vezes se tornam a projeção inconsciente das tranquilizadoras figuras paternas e maternas.

As organizações sectárias são, desde sempre, acusadas de praticar aquilo que normalmente chamamos de “lavagem cerebral", mas atualmente prefere-se usar o termo “reforma do pensamento”, criado por Lifton (1961).


A pessoa que se torna parte de uma organização sectária muda o seu próprio comportamento; isso acontece de forma tão sutil que o sujeito quase nem percebe, ao contrário das pessoas que lhe são próximas que notam as mudanças, até radicais, do que é chamado “conversão” (mas se trata de verdadeira conversão?)

Agora, para aqueles não conhecem o “Caminho Neocatecumenal” é necessário fazer um breve resumo do que acontece, com a pessoa que o segue,  ao longo de muitos anos (20 e até mais, de acordo com o “espírito de conversão” do indivíduo): no final do Caminho, quem o tiver percorrido, poderá afirmar ter compreendido o que é o batismo, ou, melhor ainda, o terá redescoberto.

Muitas vezes, aquele que entra no Caminho  um parente ou amigo de alguém que entrou precedentemente, e fala dele com entusiasmo tendente ao pedantismo, impulsionado por uma necessidade "missionária" de ter outros irmãos que compartilhem com ele as “maravilhas” do Caminho.

Quem decide fazer contato com o movimento deve participar de quinze catequese , que geralmente ocorrem na paróquia duas vezes por semana e, ao final do qual será obrigado a participar de uma " coabitação ", realizada de sexta-feira à noite a domingo à tarde , quando formarão a comunidade .

A convivência é um crescendo de emoções e novidades que, especialmente para quem está distante da fé, aciona um mecanismo de envolvimento muito forte e enérgico, que traz à tona a necessidade do Sagrado e do sentido da vida que estão presentes em todos os homens e que, infelizmente, enriquecem as organizações sectárias.

A convivência começa com um rito muito sugestivo chamado “lucernário”: se permanece no escuro por alguns minutos, depois entra o presbítero com o círio pascal aceso que dilacera estas trevas angustiantes; no sábado, depois de uma longa catequese sobre como os hebreus preparavam a páscoa e como tal preparação tenha, depois, introduzido a páscoa cristã, tem-se a celebração eucarística segundo as modalidades neocatecumenais da celebração do sábado à tarde: um altar decorado com flores, no meio da igreja, com nossos irmãos e irmãs da nova comunidade e os catequistas (estes últimos, obviamente, somente durante as convivências).

Durante a oração dos fiéis, qualquer um pode rezar livremente, em voz alta, de acordo com suas intenções, e mesmo antes da homilia do sacerdote qualquer um pode "fazer os irmãos participantes do que o Senhor lhes comunicou naquelas leituras, e como através do Caminho a sua vida mudou”; estas confidências são um elemento muito importante do caminho, porque através delas se dá uma interpretação existencial da própria vida à luz do que se lê nas escrituras e prepara o neocatecumeno a abrir o seu coração aos fieis de comunidade sobre aqueles que são os elementos, os fatos, os episódios mais escondidos e vergonhosos da sua vida.

Esta aparente libertação se torna, porém, uma tremenda faca de dois gumes, porque se por um lado o “irmão” se sente “livre” e aceito porque, como repetem continuamente os catequistas, “Deus te ama assim como você é”, por outro lado saber que leigos como você conhecem a sua vida em cada detalhe escondido, cria um laço de ambígua dependência porque o leigo, não sendo obrigado ao sigilo de um confessionário como um padre, leva, como se pode facilmente imaginar, a fofocas certamente não edificantes.

A celebração Neocatecumenal termina com uma dança final, comparada àquela que Davi fez ao redor da Arca de Deus.

A vida da comunidade continua com ritmos bissemanais, feitos de preparações para as celebrações, celebrações da Palavra e celebrações Eucarísticas no sábado noite.

Chega-se, assim, ao primeiro Escrutínio, geralmente depois de dois anos, mas muito independente da receptividade dos membros da comunidade ao que ensinam os catequistas. É a primeira experiência forte, pois é uma fase na qual o adepto começa a se despir na própria intimidade: de fato, nesta “passagem” há uma forte chamada a “provar a si mesmo nos bens", isto é, romper com as coisas que você é mais ligado, como, por exemplo, o dinheiro: se é “convidado”, de fato, pelos catequistas, a doar algo de pessoal, algo a que se esteja especialmente apegados (não necessariamente dinheiro, mas também objetos preciosos ou outro) a alguém que não saberá nunca de quem veio a doação.

Mas há um momento, neste rito, que por vezes toma formas dramáticas para quem o vive: é quando cada “irmão” deve dizer qual é a sua cruz diante de toda a comunidade e aos catequistas; é um momento de fortes emoções porque tem o efeito catártico e libertador de tornar públicos cruzes que muitas vezes se confessam entre as lágrimas e com grande resistência interior. Muitos, nesta ocasião, mentem porque se envergonham: é o primeiro passo forte do Caminho e muitos são os abandonos. Mas os catequistas tranquilizam aqueles que permanecem: "nem todo mundo foi chamado para ser sal e luz, o Senhor te chamou”.

Cria-se, assim, um Eu aparentemente mais forte, uma identidade de salvo um pouco especial, de chamado a uma missão na Igreja que não foi dada a todos: começa a ser inserida, sutilmente, uma camisa de força que liga sempre mais, especialmente as pessoas com um Eu fraco e pouco estruturado que, depois de alguns anos, não conseguirão encontrar nada fora do Caminho e ninguém fora dos “irmãos” de comunidade.

Depois de um ano a partir do Primeiro Escrutínio, geralmente, se afronta o “Shemá” (Escuta Israel), no qual se reitera a necessidade do sinal, ou seja, do privar-se nos bens.

Mas a verdadeira virada acontece no Segundo Escrutínio, quando o adepto neocatecumeno terá que tomar decisões sérias e pesadas para a própria vida, porque é chamado a ser sal e luz; se reforça sempre mais a convicção de que somente no Caminho existe salvação, enquanto que fora dele se está fora da Igreja. Muitas vezes os catequistas repetem àqueles que são tentados a abandonar o Caminho “fora do Caminho estarás na morte porque esta é a estrada que o Senhor escolheu para ti”.

Conceitos semelhantes são repetidos em outras ocasiões e por outras razões; na página 20 das "Diretrizes para equipes de catequistas para o segundo escrutínio batismal” (um dos "textos sagrados" do Caminho Neocatecumenal ) Kiko Arguello diz: "Eu vi um padre que travou uma guerra conosco durante toda a vida e que nos odiava. Foi suficiente um momento, um ataque cardíaco um pouco forte em uma noite para que este homem retomasse a sua vida seriamente, e mudasse completamente”. Portanto, para o Senhor Arguello, aquele pároco teve um providencial ataque cardíaco para aceitar o Caminho!

De exemplos assim, entre os irmãos de comunidade, contam-se vários, especialmente os catequistas, que induzem, dessa forma, sempre mais as pessoas que devem ver este Caminho como o único, ou, pelo menos, o melhor que a Igreja pode oferecer.

Característica deste segundo escrutínio é a renúncia aos assim chamados “ídolos” e, uma vez que a comunidade tenha superado esta fase, há o pedido da décima dos próprios lucros, que seve ser colocada, como sempre se faz nas coletas entre os N.C., em um saco que, por desprezo, é definido como lixo (como símbolo negativo do dinheiro).

O Caminho continua com "a iniciação à oração", na qual o adepto, depois de oportunas catequeses, descobre ou redescobre a beleza da oração e começa a orar com a liturgia das horas; os casais que “caminham” juntos o fazem estruturando sempre mais a adesão à comunidade com os filhos, os quais podem ser considerados como "ídolos", como ensinado pelos catequistas, podem ser deixados em casa à noite, cuidados por uma baby sitter ou avós ou outros, se os pais, em um gesto de misericórdia, os salvam da verbosidade das celebrações!

Outras passagem são a Redditio, na qual se entrega o Credo, e a Traditio, concluída a qual o N.C., diante de toda a assembleia narra toda a sua vida, muitas vezes com os particulares mais inoportunos, para dizer o quanto o Caminho mudou a sua vida, e em seguida recita o Credo.

O Caminho termina com a "eleição", onde se descobre ou redescobre o batismo.

A brevidade do espaço obrigou-me a resumir de modo muito cheio de lacunas o desdobramento do Caminho, mas gostaria de oferecer algumas considerações.

Ao longo do Caminho há um controle sutil e imperceptível do que o indivíduo faz ao frequentar a comunidade; no começo, de fato, se requer um compromisso relativamente breve: deve-se participar das duas celebrações semanais e nas respectivas preparações, quando necessário.

A pessoa adquire assim, lentamente, uma linguagem, uma maneira de fazer, sempre mais em sintonia com o espírito do Caminho; toda a sua vida muda em função do Caminho, que é a única coisa que satisfaz.

As informações são mantidas em segredo; os textos que usam os catequistas não são publicados; também a um pároco foi negado que tive os textos de referência, depois lhe foi dito: “Mas também tu deves converter-te, não chegastes ainda a esta etapa do caminho”!

Através do compromisso com o Caminho, que como reafirmam os catequistas “é tempo dado a Deus”, a pessoa é ajudada a não pensar, quando manifesta as suas dúvidas e perplexidades a algum “irmão”, ou ainda mais aos catequistas, se diz que é Satanás que o quer distanciar de Deus; a maioria das vezes, quando se tem tentações deste tipo se convida a conversar com os catequistas.

Estes tornam-se, pouco a pouco, os patrões da vida. Os pecados do passado são usados para condicionar, ou pior, denegrir a pessoa. Depois de tantos anos tem-se uma profunda convicção: os catequistas não erram nunca!

Mas um dos elementos mais graves é o controle das emoções da pessoa, por meio do sentido de culpa e do medo. Na primeira catequese, falando da pia batismal na qual se deve descer para olhar face a face os nossos pecados, como ensinam os catequistas, um deles diz: “deves descer ao esgoto para depois ressurgir com Cristo”, e um outro catequista disse: “a comunidade começa a crescer quando vocês brigam e começam a aparecer as podridões que tendes dentro”. Tudo isso é muito diferente daquela metanoia (conversão) que ensina a Igreja, que nos recorda, antes de mais nada, que fomos salvos pelo amor de Deus e nos faz sentir a alegria da Sua misericórdia também em meio às nossas misérias.

Mas a culpa, que é bem diferente do reconhecer-se humildemente pecadores, é um dos meios mais importantes para controlar as emoções e os sentimentos das pessoas. A humildade mal interpretada pode levar à renúncia de si mesmos como elemento alienante, construindo assim personalidades que tendem a um ideal tão alto que se sentem culpadas se não o conseguem alcançar.

Aos membros das comunidades se diz que fazem parte de uma elite privilegiada na Igreja, destinados a levar a salvação no próprio ambiente de trabalho, em família ou até mesmo em terras de missão, como no caso dos "catequistas itinerantes" .

Como já escrito, muitas vezes se escuta dos catequistas frases do tipo: "O Senhor escolheu e convidou vocês e não outros”; frases semelhantes levam a acreditar que se tem uma “eleição especial” gratificando inconscientemente o próprio Eu frustrado.

Outra característica do N.C. é o zelo com que se faz o que dizem os catequistas, e especialmente o fundador do Caminho: de fato, nas comunidades as celebrações acontecem não na Igreja, mas em uma sala, o altar deve ser uma mesa, a patena, o cálice, a cruz, o púlpito deve estar rigorosamente assinado “Kiko”! Tudo isso tem muito de maníaco! Em uma paróquia não Neocatecumenal a noiva pretendeu que tudo fosse celebrado no estilo "inspirado" por Kiko, com cruz, altar, cálice, patena, músicas etc.

Quem durante anos viciou nesse estilo seu próprio relacionamento com Deus, dificilmente consegue depois separar-se e viver a própria fé sempre na Igreja, mas de forma diferente! Cria-se uma dependência psicológica que leva as pessoas a controlar-se reciprocamente e a demonizar todos aqueles, também bispos e presbíteros, que não compartilha o caminho. Um catequista disse “Está bem que tenhamos bispos e sacerdotes contrários, porque isso reforça o nosso caminho, é o sinal de que estamos no caminho certo”.

Muitos Neocatecúmenos parecem ter perdido aquelas capacidades lógico-críticas que transformam o verdadeiro cristão em alguém que, como diz a escritura, dá razão da sua fé! É verdade que muitos criticam o Caminho, mas depois não têm a coragem de deixa-lo porque o identificam com a Igreja; talvez não sabem, ou não querem saber, que a Igreja é um espaço bem mais amplo e livre do que aquele que propõe Kiko e os seus catequistas! Cria-se dentro das comunidades um efeito de euforia e autogratificante que alcança o seu clímax na noite de Páscoa que é celebrada por toda a noite, e na qual se administram os batismos das crianças que, crescendo, são submetidas, ao longo do tempo, a este tipo de formação religiosa muito questionável.

Sobre as crianças escrevíamos antes que os neocatecúmenos são geralmente muito prolíficos, porque seriam abertos à vida, mas já que os filhos não devem ser ídolos são deixados também até tarde da noite aos cuidados de avós e babás, porque Deus vem antes de tudo, e Deus se identifica com o Caminho. Quando no segundo escrutínio pede-se de jogar fora o ídolo da nossa vida, não sei se algum neocatecúmeno já tenha se dado conta de que o ídolo poderia ser o mesmo Caminho!

Muitas pessoas esquecem que o caminho deve ser um meio para chegar a Deus, e não o fim.

Querendo concluir estas reflexões, necessariamente sintéticas, sobre o Caminho, gostaria de resumir que:

1. A autoridade de Kiko e dos seus catequistas é dominante; uma frase que um catequista fala a um pároco é significativa: “também os sacerdotes devem entrar no caminho para converter-se”;

2. Os adeptos acreditam que são os escolhidos a se tornarem sal e luz para a Igreja e para o mundo;

3. Aos membros do Caminho é prometido uma salvação que vem do aceitar o Caminho como meio, se não único, pelo menos, privilegiado da própria vida. Uma frase muitas vezes repetidas pelos catequistas é: “Se fizerdes esse caminho tereis o espírito de Jesus Cristo, sentiremos que foi verdadeiro na nossa vida”;

4. A comunidade exerce uma forte pressão sobre os membros que estão sujeitos a uma disciplina rigorosa em quanto o caminho, como dizem os catequistas, “te leva a fazer uma escolha radical na tua vida”;

5. Leva a uma atitude de isolamento daqueles que não compartilham esta escolha, mesmo cristãos que fazem parte da Igreja, militando em outros movimentos católicos, ou também os tantos desprezados católicos da missa dominical, entre os quais vi pessoalmente tantas pessoas mais ricas de misericórdia do que muitos neocatecúmenos!;

6. Os seguidores do Kiko apontam para a atividade missionária também com famílias numerosas;

7. Depois do segundo escrutínio devem pagar a décima parte dos seus lucros mensalmente, mas existem coletas também para outros objetivos! Não nos parece haver um equilíbrio em tudo isso, os catequistas justificam isso com o ensinamento evangélico “Não saiba a tua direita o que faz a esquerda”. Mas, então, me pergunto, porque, então a Igreja exige justamente que em cada paróquia haja um conselho para assuntos econômicos que tornam transparentes as entradas e saídas, e assim também de todos os organismos eclesiais?;

8. O C.N. assume, muitas vezes, sem perceber, uma linguagem, um jargão particular que o diferencia;

9. Os neocatecúmenos, geralmente, reagem de forma especialmente violenta quando se critica o Caminho, procuram fugir do assunto ou, especialmente no caso dos catequistas, assumem uma linguagem dialética, sinal do melhor sofista. Fiquei impressionado quando uma pessoa do caminho, diante de um homem que dizia não acreditar, levou com calma o seu testemunho de vida, mesmo quando ele criticava vulgarmente o papa e os bispos, mas começou a enfurecer-se no momento em que o homem criticou o Caminho. Diferente é amar o inimigo na dimensão da cruz!;

10. Os neocatecumenos se sentem muitas vezes perseguidos, e demonizam, como escrito antes, aqueles que o fazem, também aqueles que deveriam considerar irmãos em Cristo. Demonizar quem não pensa como eles é típico das seitas que têm necessidade de criar-se um inimigo externo, sobre o qual derramar suas próprias ansiedades e medos.


Crescer na fé é crescer no amor, não fazer, nem que seja durante anos, muitas coisas, preparar e celebrar, fazer passagens ou outras coisas. O engano que há em muitos N. C. é acreditar que “fazendo coisas” por anos a pessoa consiga se converter, mas deveria ser um aviso o que um documento da Santa Sé publicou em 1986 pela Secretaria para a união dos cristãos com o título: “O fenômeno das seitas ou novos movimentos religiosos: Desafio pastoral”, na página 3 “Um espírito assim (se está falando da intolerância das seitas) pode ser encontrado nos grupos de fieis pertencentes a igrejas ou a comunidades eclesiais”.

Neste ponto, surgem algumas questões que não foram respondidas. Por que os textos do Kiko são estritamente secretos? Por que os neocatecúmenos não publicam as suas receitas? Eles nunca pensaram que as críticas dirigidas a eles, sejam doutrinais que metodológicas, poderiam ser ditas por amor à verdade e não por diabos perseguidores que os odeiam? Alguma vez já pensaram, dada a familiaridade que têm com a Palavra, naquele versículo de Oséias que diz: Misercórdia quero e não sacrifícios? (Oséias 6, 6).

(Tradução ao português do autor do blog Católico Livre)

Fonte do texto original: http://mirabilissimo100.wordpress.com/2009/03/07/il-condizionamento-picologico-nei-neocatecumenali/


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